16 de setembro de 2024
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Seminário de agregação de valor em horticultura apresenta novidades para produção orgânica

EVENTO

Objetivo principal é mostrar tecnologias que possibilitam agregar valor aos produtos, além de apresentar as novidades no mercado  

O Seminário de Agregação de Valor em Horticultura acontece em 23 de novembro, no Anfiteatro da Cati Regional de Ribeirão Preto (SP). Em sua décima quinta edição, é promovido pelo Instituto Agronômico (IAC), sede de Ribeirão Preto e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), regional de Ribeirão Preto, ambos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. 

De acordo com Sally Blat, pesquisadora do IAC e coordenadora do evento, em 2019 o encontro contou com 150 participantes, sendo 80% produtores e assentados rurais, além de estudantes e profissionais da área. O evento é sempre gratuito, visando dar acesso ao maior número possível de pessoas interessadas. 

“A edição desse ano espera mais uma vez cumprir seu principal objetivo que é o de mostrar tecnologias para agregação de valor aos produtos e as novidades no mercado hortícola. Muitos dos participantes são produtores rurais de cultivo em sistema orgânico e a maioria dos temas das palestras visam auxiliar esse público, mostrando que existem várias tecnologias que devem ser usadas na produção desse nicho de mercado agregando maior produtividade e qualidade ao seu produto”, enfatiza Blat. 

“Abordaremos temas como a importância da matéria orgânica no solo, controle biológico de doenças de plantas – uso e tendências, cultivo experimental da baunilha, fertilidade do solo e nutrição, microverdes – novidade e sobre o cultivo da batata – histórico e novidades”, destaca a pesquisadora.

Controle biológico

Para Wagner Bettiol, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, um dos palestrantes, o controle biológico pode ser conceituado como “o uso de um organismo para reduzir a densidade populacional de outro organismo” e possivelmente, seja o método mais bem-sucedido, tanto economicamente, como ambientalmente. “É efetivo no controle de doenças e pragas das plantas e de plantas invasoras. Na minha palestra serão apresentados os conceitos e os quatro diferentes tipos de controle biológico: natural, conservacionista, clássico e aumentativo”, diz Bettiol. 

O controle biológico natural é o tipo de controle onde as pragas e doenças são controladas por antagonistas e inimigos naturais de ocorrência natural, sem qualquer intervenção humana. O controle biológico conservacionista consiste nas ações humanas para proteger e estimular a preservação e aumento natural de agentes benéficos. No clássico, os inimigos naturais são coletados em uma área de exploração, geralmente a área de origem da praga, patógeno ou planta invasora, e em seguida, liberado em áreas onde se deseja elevar o número de agentes de biocontrole, podendo resultar em população permanente. 

Controle biológico aumentativo é aquele em que os antagonistas, os entomopatógenos, os parasitoides e os predadores são aplicados de forma massal em uma cultura, portanto esses organismos precisam ser produzidos em larga escala. É o mais conhecido entre os agricultores, pois tem como base a aplicação de um agente de biocontrole disponíveis no mercado. 

“Neste sentido, apresentarei os mecanismos de ação e da eficiência de um fungo – Trichoderma – e de uma bactéria – Bacillus – antagonistas a fitopatógenos e promotores de crescimento de plantas, além da importância de aumentar o teor de matéria orgânica do solo para prover um ambiente adequado para os bioagentes”.

As inscrições podem ser feitas pelo site.

Para mais informações, favor entrar em contato pelo email sally.blat@sp.gov.br.

Fonte: Embrapa Meio Ambiente
Foto: Flickr