Ibrafe: O Brasil não terá necessidade de importar feijão mesmo com as perdas do RS
PRODUÇÃO
Preços no campo atingem queda de 43%, em relação a 2023
Nós teremos, segundo os números da CONAB cerca de 3,2 milhões de toneladas de colheitas este ano. O Rio Grande do Sul participou com 2,2% deste total e praticamente já estava todo colhido quando chegaram as chuvas no estado. A mais de 30 dias os preços vêm cedendo no campo, já atingindo queda de 43% em relação ao ano passado. Em algum momento os supermercados vão ceder também, repassando, finalmente as baixas.
Assim, muito pelo contrário, nós vamos precisar encontrar maneiras de escoar a safra de feijão-preto. Será preciso exportar os excedentes de produção de feijão no Brasil. Abaixo, seguem algumas sugestões de como o governo pode ajudar a manter os produtores estimulados a plantarem em 2025:
Inclusão em Programas Sociais
O governo pode incluir o Feijão-preto em programas sociais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Isso garantiria que o Feijão seja comprado dos produtores e distribuído para escolas, hospitais e outras instituições. Além disso, o PAA pode direcionar parte do excedente para famílias em situação de vulnerabilidade.
Campanhas de Conscientização
Lançar campanhas de marketing para promover o consumo de Feijão-preto entre os cidadãos. Receitas saborosas, informações sobre os benefícios nutricionais e dicas culinárias podem estimular a demanda. Essas campanhas podem ser veiculadas em mídias tradicionais, redes sociais e até mesmo em escolas, dentro do programa Prato Brasil do Governo Federal.
Contrato de Opção
Onde o Governo Federal se compromete a adquirir em um momento futuro o Feijão que o produtor vier a produzir a um determinado valor. Se os preços estiverem abaixo deste valor o produtor tem a opção de entregar para o Governo.
Exportação
Apoiar setor na busca mercados internacionais para exportar parte do excedente de Feijão. Isso pode reduzir a oferta no mercado interno gerando receitas para o país.
Fonte: Ibrafe
Foto: Maria Eugênia Ribeiro – Embrapa