IAC realiza 2º Curso Prático de Produção de Mudas de Plantas Aromáticas e Medicinais
CAPACITAÇÃO
Programação terá aula de produção de mudas e visita ao campo e estufas de produção
Interessados em plantas aromáticas e medicinais terão nova oportunidade de aprendizado no 2º Curso Prático de Produção de Mudas de Plantas Aromáticas e Medicinais, que será realizado pelo Instituto Agronômico (IAC), nesta terça-feira, 27 de setembro, em Campinas. O objetivo é transferir tecnologias àqueles que produzem mudas dessas espécies para suas lavouras ou hortas. Agricultores, estudantes, técnicos e pessoas que cultivam essas plantas por hobby podem aprender com a equipe do IAC, em atividades práticas e teóricas. As inscrições podem ser feitas pelo site.
Além de aula prática de produção de mudas e visita ao campo e estufas de produção, o público irá aprender sobre o manejo em ambiente protegido na horticultura e formulações de substratos. A pesquisadora do IAC, Eliane Gomes Fabri, abordará a produção de mudas de diferentes espécies, propagação assexuada ou vegetativa por meio de estaquia, que garante homegeneidade no plantio, e propagação sexuada, através de sementes. “O programa foi pensado para dar subsídios para todos produzirem suas próprias mudas, independentemente de ser produção comercial ou apenas uma horta doméstica”, diz a cientista do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Os tipos de substratos utilizados e suas particularidades em relação às características físico-químicas constituem outro fator de extrema importância na produção de mudas de plantas aromáticas e medicinais. A escolha errada interfere na produção de mudas, de acordo com a pesquisadora do IAC, Valéria Aparecida Modolo. “Um substrato mal formulado pode comprometer a produção de mudas, vamos explicar os conceitos sobre esses materiais e as formulações que podem ser utilizadas”, diz.
Sobre a produção em ambiente protegido, o público terá acesso informações sobre controle de produção e materiais utilizados, tipos de estrutura, luminosidade, temperatura, umidade relativa e seu manejo. Segundo o pesquisador do IAC, Luís Felipe Villani Purquerio, muitos são os benefícios do sistema de cultivo em estufas agrícolas: poupar a planta de fenômenos climáticos como geadas, granizo, vento e chuvas; promover a qualidade e a regularidade de produção com precocidade; controlar melhor pragas e doenças e proteger de ataques de animais, como lebres e pássaros.
“Quando esse sistema é utilizado corretamente, a produtividade pode dobrar em relação à obtida no campo, além de o produtor ter qualidade superior”, diz o pesquisador do IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Purquerio também destaca a economia em insumos de produção por conta da redução no uso de defensivos, fertilizantes e água, além de menor lixiviação e erosão superficial.
Por que cultivar em estufas?
As plantas hortícolas são muito sensíveis ao clima, como excesso de sol, falta ou excesso de chuvas e ventos fortes. Por isso o cultivo protegido é uma eficiente ferramenta para garantir a produção sem maiores prejuízos. “As folhas muito tenras não suportam o impacto das gotas de chuvas e a umidade relativa do ar acima de 70% cria condições favoráveis para o surgimento de doenças fúngicas. No campo aberto, as plantas estão mais sujeitas a detritos, que aumentam o custo com mão de obra para a limpeza”, comenta.
Segundo o cientista, a demanda por produtos de qualidade é uma exigência cada vez maior do mercado. Nesse cenário, produzir de modo sustentável, em escala e com qualidade são os desafios do setor. “Cada espécie necessita de condições específicas de temperatura e umidade para serem cultivadas com sucesso, dessa forma são necessárias essas informações para avaliar as melhores instalações de acordo com a cultura, região e custos”, explica.
No entanto, entre os desafios da adoção desse sistema protegido está o alto investimento inicial, que pode variar de R$ 200,00 a R$ 500,00, por metro quadrado, dependendo do grau tecnológico, e também o conhecimento técnico multidisciplinar necessário. Ele aponta que os produtores que não realizam os manejos corretos ou não utilizam as tecnologias indicadas, abandonam o sistema em três anos após a adoção. Daí a relevância de ter orientações técnicas e segui-las.
Após as apresentações teóricas, os participantes irão almoçar na fazenda Santa Elisa do IAC, onde serão realizadas as atividades práticas.
Serviço
Evento: 2º Curso Prático de Produção de Mudas de Plantas Aromáticas e Medicinais
Data: 27/09/2022
Horário: 8h às 16h
Local: Avenida Theodureto de Almeida Camargo, 1.500
Inscrição: Clique aqui
Fonte: IAC
Foto: Pixabay