Escolas de Caraguatatuba (SP) conhecem diversidade e importância dos insetos aquáticos
CIÊNCIA
Série de palestras visa levar informações relacionadas à agricultura e ao meio ambiente
A pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Kathia Sonoda irá falar sobre a ciência dos insetos aquáticos para seis escolas de Caraguatatuba (SP), em palestras que serão realizadas nos dias 14, 21 e 22 de junho. O objetivo é divulgar e popularizar conhecimentos sobre a pesquisa científica, especialmente aquela desenvolvida para a agricultura e meio ambiente, responsáveis pela produção e pela qualidade dos alimentos que os brasileiros consomem no seu dia a dia.
De acordo com Sonoda, essas palestras seguem modelo realizado em projeto CNPq (processo 440106/2018-4) e tem por objetivo minimizar a desigualdade social por meio da popularização e da divulgação da ciência e da tecnologia pela utilização de resultados de pesquisas científicas, visando reduzir a distância entre o conhecimento produzido e sua aplicação para melhoria da qualidade de vida, além de contribuir para a disseminação e popularização do uso da biota na avaliação da qualidade do ambiente aquático e seus arredores.
Os insetos aquáticos vivem em praticamente todos os ambientes aquáticos ao redor do Globo. Há espécimenes que conseguem sobreviver em ambientes desérticos, outros em ambientes com temperaturas negativas, outros em água salgada, alguns em ambientes severamente poluídos.
Há uma grande diversidade de formas, principalmente entre as larvas, podendo ser compridas, com pernas, finas, abauladas, construtoras de casas (para isso utilizam pequenos grãos de areia, cortam gravetinhos), algumas são enroladas como as conchas de alguns moluscos.
Os insetos possuem grande importância ecológica porque atuam como elo na teia alimentar, atuando como consumidores primários, predadores ou detritívoros. Uma das categorias alimentares que recebe grande destaque são os picadores, como o próprio nome diz, cortam os alimentos que são constituídos por matéria orgânica vegetal, principalmente aquela proveniente de mata riparia. Sendo assim, sua presença indica um bom estado de conservação desta vegetação e sua ausência, por sua vez, aponta uma baixa qualidade do ecossistema.
Outra forma fácil de identificar a qualidade do ambiente é observar se há uma elevada quantidade de larvas vermelhas no sedimento do fundo dos córregos, explica a pesquisadora. “Por terem hemoglobina, conseguem captar oxigênio da água de forma mais eficiente que outras larvas e isso propicia sua resistência a águas pouco oxigenadas, poluídas e são consideradas indicadores biológicas de qualidade ambiental. Exemplos de insetos comumente conhecidos são libélulas, borrachudos e outros hematófagos, barata d’água”.
Escolas
Em 14 de junho, às 10h30, a palestra será na EMEI/EMEF Prof. João Benedito Marcondes e na parte da tarde, às 14h30 na EMEFEBS- Escola Municipal de Ensino Fundamental e Educação Bilíngue em Surdos Prof. Ricardo Luques Sammarco Serra.
No dia 21 de junho, às 10h30, na EMEI/EMEF Prof. Lúcio Jacinto dos Santos –Tinga e às 14h30, na EMEF Profª. Maria Aparecida de Carvalho.
Em 22 de junho, às 10h30, na EMEI/EMEF Benedito Inácio Soares – Massaguaçu e às 14h30, na EMEF Prof. Euclydes Ferreira – Centro Integrado de Desenvolvimento Educacional Sul.
Fonte: Embrapa Meio Ambiente
Foto: Pixabay