11 de setembro de 2024
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Desmatamento em áreas protegidas cai quase quatro vezes na Amazônia em 2023

MEIO AMBIENTE

Devastação de terras indígenas e unidades de conservação passou de 1.431 km² em 2022 para 386 km² em 2023, menor área em nove anos

As áreas protegidas da Amazônia tiveram em 2023 o menor desmatamento em nove anos, desde 2014. Conforme o monitoramento por imagens de satélite do instituto de pesquisa Imazon, a devastação dentro de terras indígenas e unidades de conservação passou de 1.431 km² em 2022 para 386 km² em 2023, uma diminuição de 73%, quase quatro vezes menos.

Desmatamento em áreas protegidas de janeiro a dezembro, em km²:

2023: 386
2022: 1.431
2021: 1.460
2020: 1.369
2019: 1.222
2018: 721
2017: 418
2016: 642
2015: 520
2014: 513
2013: 178
2012: 271

Essa redução superou a queda geral na derrubada, que passou de 10.573 km² em 2022 para 4.030 km² em 2023, um decréscimo de 62%, quase três vezes a menos. Com isso, o desmatamento registrado de janeiro a dezembro do ano passado foi o menor em cinco anos, desde 2018.

Porém, ainda representa a derrubada de cerca de 1,1 mil campos de futebol por dia, sendo superior ao registrado de 2008 a 2017, desde que o Imazon implantou seu Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD). Outro ponto preocupante em 2023 foi a degradação, que teve o terceiro aumento consecutivo em dezembro, o que pode ter relação com a seca e o aumento das queimadas. No último mês do ano, enquanto foram desmatados 108 km², outros 1.050 km² foram degradados, quase 10 vezes mais.

“Essa redução expressiva do desmatamento em áreas protegidas é muito positiva, pois são territórios que precisam ter prioridade nas ações de combate à derrubada. Isso porque, na maioria das vezes, a devastação dentro de terras indígenas e unidades de conservação significa invasões ilegais que levam a conflitos com os povos e comunidades tradicionais que residem nesses territórios”, explica o pesquisador Carlos Souza Jr., coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon.

No entanto, o pesquisador ressalta que, apesar da queda geral, algumas áreas protegidas tiveram aumento na destruição, sendo territórios que devem receber ações urgentes em 2024. Entre as terras indígenas, uma das situações mais críticas ocorreu na Igarapé Lage, em Rondônia, onde o desmatamento cresceu 300%, passando de 2 km² em 2022 para 8 km² em 2023, uma área equivalente a 800 campos de futebol. Isso fez com que o território fosse o terceiro mais devastado da Amazônia em 2023.

Outras duas terras indígenas localizadas na divisa do Amazonas com Roraima também apresentaram aumentos expressivos na derrubada. São os territórios Waimiri Atroari, cuja perda florestal passou de 1 km² em 2022 para 4 km² em 2023, 300% a mais; e Yanomami, onde a devastação passou de 2 km² em 2022 para 5 km² em 2023, uma alta de 150%. Isso fez com que a terra Yanomami, mesmo após ter recebido em janeiro do ano passado uma operação humanitária por causa dos danos sociais causados pela invasão de garimpeiros, fosse a quinta mais desmatada da Amazônia em 2023. Já a Waimiri Atroari ficou em nono lugar.

A maior área destruída em um território indígena no ano passado foi registrada na terra Apyterewa, onde foram desmatados 13 km². Apesar de ocupar o topo do ranking, o local teve uma redução de 85% na devastação, pois em 2022 havia perdido 88 km² de floresta. Em outubro, o local recebeu uma operação de desintrusão para remoção de invasores ilegais.

Terras indígenas mais desmatadas em 2023, em km2:

“Essa redução expressiva do desmatamento em áreas protegidas é muito positiva, pois são territórios que precisam ter prioridade nas ações de combate à derrubada. Isso porque, na maioria das vezes, a devastação dentro de terras indígenas e unidades de conservação significa invasões ilegais que levam a conflitos com os povos e comunidades tradicionais que residem nesses territórios”, explica o pesquisador Carlos Souza Jr., coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon.

No entanto, o pesquisador ressalta que, apesar da queda geral, algumas áreas protegidas tiveram aumento na destruição, sendo territórios que devem receber ações urgentes em 2024. Entre as terras indígenas, uma das situações mais críticas ocorreu na Igarapé Lage, em Rondônia, onde o desmatamento cresceu 300%, passando de 2 km² em 2022 para 8 km² em 2023, uma área equivalente a 800 campos de futebol. Isso fez com que o território fosse o terceiro mais devastado da Amazônia em 2023.

Outras duas terras indígenas localizadas na divisa do Amazonas com Roraima também apresentaram aumentos expressivos na derrubada. São os territórios Waimiri Atroari, cuja perda florestal passou de 1 km² em 2022 para 4 km² em 2023, 300% a mais; e Yanomami, onde a devastação passou de 2 km² em 2022 para 5 km² em 2023, uma alta de 150%. Isso fez com que a terra Yanomami, mesmo após ter recebido em janeiro do ano passado uma operação humanitária por causa dos danos sociais causados pela invasão de garimpeiros, fosse a quinta mais desmatada da Amazônia em 2023. Já a Waimiri Atroari ficou em nono lugar.

A maior área destruída em um território indígena no ano passado foi registrada na terra Apyterewa, onde foram desmatados 13 km². Apesar de ocupar o topo do ranking, o local teve uma redução de 85% na devastação, pois em 2022 havia perdido 88 km² de floresta. Em outubro, o local recebeu uma operação de desintrusão para remoção de invasores ilegais.

Terras indígenas mais desmatadas em 2023, em km2:

“Essa redução expressiva do desmatamento em áreas protegidas é muito positiva, pois são territórios que precisam ter prioridade nas ações de combate à derrubada. Isso porque, na maioria das vezes, a devastação dentro de terras indígenas e unidades de conservação significa invasões ilegais que levam a conflitos com os povos e comunidades tradicionais que residem nesses territórios”, explica o pesquisador Carlos Souza Jr., coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon.

No entanto, o pesquisador ressalta que, apesar da queda geral, algumas áreas protegidas tiveram aumento na destruição, sendo territórios que devem receber ações urgentes em 2024. Entre as terras indígenas, uma das situações mais críticas ocorreu na Igarapé Lage, em Rondônia, onde o desmatamento cresceu 300%, passando de 2 km² em 2022 para 8 km² em 2023, uma área equivalente a 800 campos de futebol. Isso fez com que o território fosse o terceiro mais devastado da Amazônia em 2023.

Outras duas terras indígenas localizadas na divisa do Amazonas com Roraima também apresentaram aumentos expressivos na derrubada. São os territórios Waimiri Atroari, cuja perda florestal passou de 1 km² em 2022 para 4 km² em 2023, 300% a mais; e Yanomami, onde a devastação passou de 2 km² em 2022 para 5 km² em 2023, uma alta de 150%. Isso fez com que a terra Yanomami, mesmo após ter recebido em janeiro do ano passado uma operação humanitária por causa dos danos sociais causados pela invasão de garimpeiros, fosse a quinta mais desmatada da Amazônia em 2023. Já a Waimiri Atroari ficou em nono lugar.

A maior área destruída em um território indígena no ano passado foi registrada na terra Apyterewa, onde foram desmatados 13 km². Apesar de ocupar o topo do ranking, o local teve uma redução de 85% na devastação, pois em 2022 havia perdido 88 km² de floresta. Em outubro, o local recebeu uma operação de desintrusão para remoção de invasores ilegais.

Terras indígenas mais desmatadas em 2023, em km2:

PosiçãoTIUF20222023Variação
1Apyterewa  PA8813-85%
2Cachoeira Seca  PA199-53%
3Igarapé Lage  RO28300%
4Andirá/Marau  AM/PA36100%
5YanomamiAM/RR25150%
6Sete de SetembroRO/MT3433%
7Trincheira/Bacajá  PA124-67%
8Tenharim Marmelos (Gleba B)  AM44
9Waimiri AtroariAM/RR14300%
10Sepoti  AM53-40%

No total, as terras indígenas tiveram 104 km² devastados em 2023, menos da metade do registrado em 2022: 217 km². Ou seja, viram a derrubada cair 52%. Essa foi a menor área desmatada em territórios dos povos originários desde 2017.

Desmatamento em terras indígenas, em km²:

2023: 104
2022: 217
2021: 263
2020: 353
2019: 369
2018: 155
2017: 70
2016: 43
2015: 38
2014: 28
2013: 56
2012: 75

Apenas nas UCs, devastação teve queda de 77%

Levando em conta apenas as unidades de conservação da Amazônia, o desmatamento teve queda de 77%, passando de 1.214 km² em 2022 para 282 km². Ou seja: quatro vezes menos. Foi a menor área de floresta destruída nesses tipos de territórios em nove anos, desde 2014.

A maior redução ocorreu nos territórios sob jurisdição federal, onde a derrubada passou de 468 km² para 97 km², o que significa uma queda de 79%, quase cinco vezes menos. Já nas áreas estaduais, a devastação passou de 746 km² para 185 km², sendo 75% ou quatro vezes menos.

Desmatamento em unidades de conservação, em km²:

2023: 282 (185 em UCEs e 97 em UCFs)
2022: 1.214 (746 em UCEs e 468 em UCFs)
2021: 1.197 (690 em UCEs e 507 em UCFs)
2020: 920 (353 em UCEs e 577 em UCFs)
2019: 888 (369 em UCEs e 519 em UCFs)
2018: 510 (155 em UCEs e 355 em UCFs)
2017: 319 (70 em UCEs e 249 em UCFs)
2016: 464 (43 em UCEs e 421 em UCFs)
2015: 336 (38 em UCEs e 298 em UCFs)
2014: 269 (28 em UCEs e 241 em UCFs)
2013: 131 (56 em UCEs e 75 em UCFs)
2012: 129 (75 em UCEs e 54 em UCFs)

“Todas as 10 UCs mais desmatadas da Amazônia em 2023 foram territórios onde a derrubada teve redução”, observa a pesquisadora Larissa Amorim, coordenadora do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon.

PosiçãoUCUF20222023Variação
1APA Triunfo do Xingu  PA42083-80%
2Resex Chico Mendes  AC8424-71%
3Resex Jaci Paraná  RO4215-64%
4PES Guajará-Mirim  RO6311-83%
5APA do Tapajós  PA899-90%
6FES Rio Gregório  AC86-25%
7Flona do Jamanxim  PA906-93%
8Resex Rio Preto Jacundá  RO195-74%
9APA do Lago de Tucuruí  PA165-69%
10Resex Alto Juruará  AC65-17%

Pará, Amazonas e Mato Grosso foram os estados que mais desmataram em 2023

Em relação aos estados, o desmatamento teve aumento apenas em três dos nove que compõem a Amazônia Legal na comparação de 2022 com 2023: Roraima (de 179 km² para 206 km²), Tocantins (de 16 km² para 21 km²) e Amapá (de 9 km² para 18 km²).

E os três maiores seguiram no topo do ranking como os que mais desmatam: Pará (1.228 km²), Amazonas (877 km²) e Mato Grosso (864 km²).

Desmatamento por estado em km²:

AnoACAMAPMAMTPARORRTO
2023333877181628641,28832120621
20228802,57592351,6043,8741,20117916
20218892,071182651,5044,0371,29025632
20206941,395271641,0883,4111,05120226
20194901,05818869962,5978571769
2018169986611,2401,7837111824
20175955710680723466539
201644923006821,0816316116
201576577001,09269252810535
2014151366507221,11949111820
20133823700376273190216
201213195004808302251723

Clique aqui (Link) para ver os dados de desmatamento em dezembro.
Veja aqui (Link) os dados dos meses anteriores.
Entenda o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) aqui

Fonte: Assessoria de Imprensa Imazon
Foto: Flickr