25 de novembro de 2024
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Vazio sanitário do feijão começa no mês de setembro em Goiás, a fim de reduzir a incidência da mosca branca

MANEJO FITOSSANITÁRIO

Calendário tem início no dia 5 de setembro, para 80 municípios goianos inseridos na região 1, e no dia 20 de setembro para 153 cidades que integram a região 2

Com o objetivo de reduzir os prejuízos causados pela mosca branca nos cultivos do feijão comum, começa em setembro o vazio sanitário da cultura em Goiás. Estabelecida por meio da Instrução Normativa nº 05, de 26 de abril de 2018, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), a medida fitossanitária visa garantir a ausência total de plantas vivas de feijão no campo. 

O produtor rural goiano precisa ficar atento ao calendário, porque o vazio sanitário tem prazos diferentes para cumprimento no Estado, sendo dividido em duas regiões (lista no final do texto). No caso da região 1, com 80 municípios, o período será de 5 de setembro a 5 de outubro. Já para os que estão inseridos na região 2, que são 153 municípios, o vazio será de 20 de setembro a 20 de outubro. Durante a vigência, que é de 30 dias, deverão ser eliminadas, por meio de controle químico ou mecânico, todas as plantas de feijoeiro comum, cultivadas ou voluntárias. 

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, enfatiza que a Agência é a responsável pelo serviço oficial de defesa agropecuária em Goiás e adota sistematicamente, desde 2014, medidas oficiais estabelecidas por atos normativos, de modo a minimizar os impactos socioeconômicos acarretados pelas pragas de maior relevância ao sistema produtivo do feijão, como a mosca branca. “Desenvolvemos um trabalho fitossanitário para garantir a sanidade vegetal e para evitar perdas nas produções. Os fiscais estaduais da Agrodefesa estão sempre em campo para orientar o agricultor e explicar, por meio de educação sanitária, a importância de seguir o que está estabelecido pela instrução normativa”, informa.

Prejuízos

Desde a década de 1970, a mosca branca tornou-se, provavelmente, a doença viral mais devastadora do feijoeiro comum. Os danos diretos pelo ataque do inseto são causados pela sucção da seiva da planta e inoculação de toxinas. Além disso, parte da seiva pode ser excretada na forma de um líquido que favorece o crescimento de fungos que prejudicam a fotossíntese e respiração da planta, provocando assim alterações que levam a redução da produtividade e da qualidade dos grãos. Mas o principal dano causado pela praga é indireto, por meio da transmissão de viroses como o mosaico dourado do feijoeiro e o carlavírus (Cowpea mild mottle virus). 

A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, reforça que a mosca branca, como inseto vetor do vírus do mosaico dourado, pode alterar o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo do feijoeiro. “O resultado disso é queda na produtividade e na qualidade dos grãos. Por isso, a necessidade de o produtor adotar as medidas fitossanitárias necessárias à cultura”.

Nova normativa

A Agrodefesa e a Embrapa Arroz e Feijão vão realizar estudos para servirem de base científica para possível alteração no calendário do vazio sanitário do feijão em Goiás. O assunto já foi discutido junto a representantes do setor produtivo, como Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Associação dos Produtores de Soja do Estado de Goiás (Aprosoja Goiás) e Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

“Alguns municípios goianos não possuem histórico de problemas com a mosca branca. Por isso, pretendemos elaborar estudo e propor a alteração do período do vazio sanitário. Mas devido a uma instrução normativa federal vigente, não será possível alterar esse calendário para esse ano, porque é preciso seguir trâmites burocráticos e o prazo não é suficiente para 2023. Provavelmente, isso ocorrerá no próximo ano”, afirma o coordenador estadual de Prevenção e Controle de Pragas da Agrodefesa, Mário Sérgio de Oliveira.

Municípios e regiões

Região 1 (vazio de 5 de setembro a 5 de outubro) – Acreúna, Água limpa, Aloândia, Anhanguera, Aparecida de Goiânia, Aparecida do Rio Doce, Aporé, Aragarças, Aragoiânia, Arenópolis, Baliza, Bom Jardim de Goiás, Bom Jesus de Goiás, Bonfinópolis, Buriti Alegre, Cachoeira Alta, Cachoeira Dourada, Caçú, Caiapônia, Caldas Novas, Campestre de Goiás, Campo Alegre de Goiás, Castelândia, Catalão, Cezarina, Chapadão do Céu, Corumbaíba, Cromínia, Cumari, Davinópolis, Diorama, Doverlândia, Edealina, Edéia, Goiandira, Goiatuba, Gouvelândia, Guapó, Hidrolândia, Inaciolândia, Indiara, Ipameri, Itajá, Itarumã, Itumbiara, Ivolândia, Jandaia, Jataí, Joviânia, Lagoa Santa, Mairipotaba, Marzagão, Maurilândia, Mineiros, Moiporá, Montividiu, Morrinhos, Nova Aurora, Ouvidor, Palestina de Goiás, Palmeiras de Goiás, Panamá, Paranaiguara, Perolândia, Piracanjuba, Piranhas, Pontalina, Porteirão, Portelândia, Professor Jamil, Quirinópolis, Rio Quente, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Santa Rita do Araguaia, Santo Antônio da Barra, São Simão, Serranópolis, Três Ranchos, Turvelândia, Urutaí, Varjão e Vicentinópolis. 

Região 2 (vazio de 20 de setembro a 20 de outubro) – Abadia de Goiás, Abadiânia, Adelândia, Água Fria, Águas Lindas, Alexânia, Alto Horizonte, Alto Paraíso, Alvorada do Norte, Amaralina, Americano do Brasil, Amorinópolis, Anápolis, Anicuns, Araçu, Araguapaz, Aruanã, Aurilândia, Avelinópolis, Barro Alto, Bela Vista de Goiás, Bonópolis, Brazabrantes, Britânia, Buriti de Goiás, Buritinópolis, Cabeceiras, Cachoeira de Goiás, Caldazinha, Campinaçú, Campinorte, Campos Limpos de Goiás, Campos Belos, Campos Verdes, Carmo do Rio Verde, Caturaí, Cavalcante, Ceres, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Colinas do Sul, Córrego do Ouro, Corumbá de Goiás, Cristalina, Cristianópolis, Crixás, Damianópolis, Damolândia, Divinópolis de Goiás, Estrela do Norte, Faina, Fazenda Nova, Firminópolis, Flores de Goiás, Formosa, Formoso, Gameleira de Goiás, Goianápolis, Goianésia, Goiânia, Goianira, Goiás, Guaraíta, Guarani de Goiás, Guarinos, Heitoraí, Hidrolina, Iaciara, Inhumas, Ipiranga de Goiás, Iporá, Israelândia, Itaberaí, Itaguari, Itaguarú, Itapaci, Itapirapuã, Itapuranga, Itauçú, Jaraguá, Jaupaci, Jesúpolis, Jussara, Leopoldo de Bulhões, Luziânia, Mambaí, Mara Rosa, Matrinchã, Mundo Novo de Goiás, Mimoso de Goiás, Minaçú, Monte Alegre de Goiás, Montes Claros de Goiás, Montividiu do Norte, Morro Agudo, Mossâmedes, Mozarlândia, Mundo Novo, Mutunópolis, Nazário, Nerópolis, Niquelândia, Nova América, Nova Crixás, Nova Glória, Nova Iguaçú, Nova Roma, Nova Veneza, Novo Brasil, Novo Gama, Novo Planalto, Orizona, Ouro Verde de Goiás, Padre Bernardo, Palmelo, Palminópolis, Paraúna, Petrolina de Goiás, Pilar de Goiás, Pirenópolis, Pires do Rio, Planaltina, Porangatu, Posse, Rialma, Rianápolis, Rubiataba, Sanclerlândia, Santa Bárbara de Goiás, Santa Cruz de Goiás, Santa Fé de Goiás, Santa Isabel, Santa Rita do Novo Destino, Santa Rosa de Goiás, Santa Tereza de Goiás, Santa Terezinha de Goiás, Santo Antônio de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, São Domingos, São Francisco de Goiás, São João D’ Aliança, São João da Paraúna, São Luiz dos Montes Belos, São Luiz do Norte, São Miguel do Araguaia, São Miguel do Passa Quatro, São Patrício, Senador Canedo, Silvânia, Simolândia, Sítio D’ Abadia, Taquaral de Goiás, Teresina de Goiás, Terezópolis, Trindade, Trombas, Turvânia, Uirapuru, Uruaçú, Uruana, Valparaíso, Vianópolis, Vila Boa e Vila Propício.

Fonte: Comunicação Setorial da Agrodefesa – GO
Foto: Sebastião José de Araújo/ Embrapa