Fim das restrições da Rússia à importação de carne bovina brasileira em razão do caso de EEB atípica no Pará
MERCADO
Ocorrência natural da doença não justifica restrições à importação, aponta OMSA
O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio na sexta-feira, 7 de abril, do fim das restrições à carne bovina brasileira impostas pela Rússia em razão do caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica no estado do Pará. O anúncio, que se soma à recente reabertura do mercado das Filipinas, lograda em 28 de março, e à reabertura de outros mercados (nota no. 109/2023), representa a plena normalização do comércio do produto com a Rússia.
Diferentemente da forma clássica da enfermidade – conhecida como “mal da vaca louca” -, a forma atípica é de ocorrência natural e espontânea no rebanho bovino, não representa risco à saúde pública e tampouco justifica restrições à importação, conforme diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Em função do caso, a Rússia havia suspendido, em 1º de março, a importação de carne bovina proveniente de animais com mais de 30 meses de idade provenientes do Pará.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio de sua rede de embaixadas, em conjunto com as adidâncias agrícolas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em países estratégicos, segue atuando desde a ocorrência do caso de EEB para evitar fechamentos indevidos de mercados.
Em 2022, as exportações de carne bovina para a Rússia somaram cerca de 165 milhões de dólares, o equivalente a 24 mil toneladas do produto. As Filipinas são o sexto destino das exportações de carne bovina do Brasil, somando 275 milhões de dólares em 2022 (61 mil toneladas).
Fonte: Ministério das Relações Exteriores
Foto: Pexels