Fim das restrições sobre carne bovina pela Rússia comprova qualidade do rebanho de MT
EXPORTAÇÃO
Decisão comprova afirmativa, divulgada há um ano, de que não há risco de contaminação pela doença no Estado
A decisão da Rússia de suspender as restrições que mantinha, desde setembro do ano passado, sobre as exportações de carne bovina de frigoríficos de Mato Grosso, comprova a qualidade da carne mato-grossense e é um reconhecimento da sanidade do rebanho do Estado, segundo a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
A imposição de restrições ocorreu há um ano devido à identificação de casos atípicos do mal da “vaca louca”. Na ocasião, a Rússia suspendeu as importações de carne bovina mato-grossense proveniente de animais acima de 30 meses de idade. Na última segunda-feira (26), a Rússia decidiu retomar as compras da carne brasileira.
A decisão foi informada pela Rússia por meio de comunicado do Serviço Federal de Vigilância Sanitária e Fitossanitária (Rosselkhoznadzor) do Ministério da Agricultura russo, que informou que “em conexão com a melhora no território brasileiro da situação epizoótica da encefalopatia espongiforme bovina, a partir de 21 de setembro de 2022, são canceladas as restrições temporárias anteriormente introduzidas”.
Para o diretor-técnico da Acrimat, o médico veterinário Francisco Manzi, a decisão, ainda que demorada, atesta o que já havia se informado há um ano: de que não há nenhum risco de contaminação da doença da vaca louca e que Mato Grosso é um estado que preza pelas excelentes condições sanitárias dos animais.
“Em setembro do ano passado, nós tivemos dois casos de vaca louca atípica. Tanto a China, quanto a Rússia, fizeram um bloqueio das importações de carne. Cem dias depois a China retomou as compras e a Rússia manteve seus embargos, quando só aceitava animais de até 30 meses de idade. Agora, o país retorna comprando inclusive animais vivos e vísceras desses animais”, explicou.
“Outros países como o Irã, Egito e Arábia Saudita, que tinham algum tipo de sanção, agora suspenderam. Isso nada mais é do que um reconhecimento da sanidade e qualidade do nosso rebanho”, concluiu Francisco Manzi.
Foto: Acrimat
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