23 de novembro de 2024
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Presidente da CNA destaca potencial do Brasil em energia renovável e mercado de carbono

SETOR AGROENERGÉTICO

João Martins abriu a 5ª edição do Jornada CNA – Eleições 2022

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, abriu, nesta quarta (13), a 5ª edição do “Jornada CNA – Eleições 2022” e, em seu discurso, destacou o papel do setor agroenergético na produção de energia limpa e renovável e o potencial do mercado de carbono.

O objetivo dos eventos é debater temas de interesse do Brasil e, a partir desses encontros, a CNA vai elaborar um documento que será entregue aos candidatos à presidência e aos parlamentares. “Constitui um esforço para a construção de um país mais promissor e dinâmico, que funcione para a totalidade dos brasileiros”, disse Martins na abertura do Jornada.    

Desde o início do ano, foram feitas discussões sobre reformas tributária, política e administrativa; saúde e segurança; educação, formação e emprego; e segurança alimentar.

O presidente da CNA ressaltou que o Brasil é mundialmente conhecido no campo da energia limpa e renovável, com programas de incentivo ao etanol e ao biodiesel que atraem a atenção do mundo diante das alternativas econômicas e ecologicamente viáveis à substituição dos combustíveis fósseis. 

Ele pontou também a importância do setor agroenergético brasileiro no uso eficiente de recursos naturais, na interiorização da produção, na distribuição e transmissão de energia e no empenho para a redução de emissões de gases de efeito estufa e de outros poluentes atmosféricos.

Neste contexto, ele reforçou que um desenho normativo e a sustentação de políticas públicas eficientes para garantir segurança jurídica, estabilidade do ambiente de negócios e oportunidades de inovação são fundamentais para consolidar o setor agroenergético e torná-lo eficaz nos aspectos econômico, social e ambiental.

“Um exemplo é o Renovabio, que reconhece o papel relevante de todos os biocombustíveis na matriz energética brasileira e, sem sombra de dúvidas, precisa ser consolidado como um programa de estado”, afirmou Martins, acrescentando que as fontes renováveis respondem por 47% da matriz energética do país, bem acima da média mundial, em que apenas 14% é de energia renovável.

Avaliando somente a eletricidade, completou, o Brasil é imbatível quanto ao caráter sustentável, com 83% da geração oriundas de fontes renováveis, contra 27% da média mundial.

Entretanto, ponderou João Martins, pode-se ir além. “Andamos a passos largos no uso de fontes renováveis, como etanol e biomassa. E o agro possui papel de destaque na geração desta energia”.

Segundo o presidente da CNA, é preciso ficar atento ao hidrogênio verde, que é uma modalidade de produção que utiliza energia renovável em sua fabricação.

Martins abordou ainda a importância do mercado de carbono no país e lembrou que a agropecuária brasileira é uma referência internacional “graças à mais completa e complexa legislação ambiental do mundo e ao incentivo à adoção da agricultura da baixa emissão de carbono”.

Para continuar essa evolução, disse, é essencial definir as regras básicas de funcionamento do mercado de carbono mundial e brasileiro, para que o potencial do setor agropecuário possa ser cada vez mais aproveitado e, assim, contribuir efetivamente para o enfrentamento das alterações climáticas, sem perder de vista a garantia da segurança alimentar. 

Desta forma, o presidente da CNA avaliou que o mercado de carbono é uma grande oportunidade para a agropecuária contribuir para o acordo de redução das emissões de gases de efeito estufa e diminuição da temperatura média do planeta, além de representar uma forma de agregar valor e reforçar internacionalmente a sustentabilidade do agro brasileiro.

Martins lembrou que o Brasil tem metas relevantes, como zerar o desmatamento ilegal até 2028, neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até 2050, recuperação de florestas e promover uma agricultura de baixa emissão de carbono. Para Martins, com sua cobertura florestal, o Brasil tem potencial singular para produção de créditos de carbono e mecanismos eficientes de certificação e remuneração.

“O setor agropecuário está pronto para contribuir com as metas assumidas pelo Brasil e colaborar com o mundo nesse desafio”, concluiu o presidente da CNA.

Fonte: Assessoria de comunicação CNA
Foto: Pixabay